sábado, 5 de junho de 2010
Festival Varilux de Cinema Francês 2010 (Recife)
13:49 |
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Miradouro Cinematográfico |
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Oceanos
O profeta
Coco Chanel & Igor Stravinsky
O pequeno Licolau
Alberto Bezerra de Abreu, 05/06/2010
O profeta
Coco Chanel & Igor Stravinsky
O pequeno Licolau
Começou no último dia 03 (junho) o Festival Varilux de Cinema Francês, realizada em várias capitais brasileiras (entre eles o Recife, no Cinema da Fundação Joaquim Joaquim Nabuco). Serão exibidos produções recentes daqueles país que se destacaram.
O filme "Oceanos" (Jacques Cluzaud, Jacques Perrin, 2009) faz (segundo relatos, inclusive de um amigo meu) com que nos sintamos habitantes da imensidão marinha. Já "O Pofeta" (Jacques Audiard, 2008), vencedor de diversos prêmios e recentemente resenhado (e elogiado!) na revista Veja conta a história de um jovem que só encontra "prosperidade" ao ser preso e paulatinamente ganhar a confiança do chefe da facção dos córsicos.
Outros filmes, como "O dia da saia" (Jean-Paul Lilienfeld, 2008), o qual mostra uma exausta professora que faz seus alunos de reféns, "Coco Chanel & Igor Stravinsky" (Jan Kounen, 2009), pela simples menção ao fantástico compositor russo (Stravinsky, que parece ser personagem secundário) e "O pequeno Nicolau" (Laurent Tirard, 2008), aparentemente um poético e divertido relato da infância, parecem-me ótimas pedidas.
O festival irá até o dia 10 (quinta-feira), sempre no Cinema da Fundação.
Confiram a programação completa (Recife) em:
http://www.festivalcinefrances.com/programacao.php?id=8
O filme "Oceanos" (Jacques Cluzaud, Jacques Perrin, 2009) faz (segundo relatos, inclusive de um amigo meu) com que nos sintamos habitantes da imensidão marinha. Já "O Pofeta" (Jacques Audiard, 2008), vencedor de diversos prêmios e recentemente resenhado (e elogiado!) na revista Veja conta a história de um jovem que só encontra "prosperidade" ao ser preso e paulatinamente ganhar a confiança do chefe da facção dos córsicos.
Outros filmes, como "O dia da saia" (Jean-Paul Lilienfeld, 2008), o qual mostra uma exausta professora que faz seus alunos de reféns, "Coco Chanel & Igor Stravinsky" (Jan Kounen, 2009), pela simples menção ao fantástico compositor russo (Stravinsky, que parece ser personagem secundário) e "O pequeno Nicolau" (Laurent Tirard, 2008), aparentemente um poético e divertido relato da infância, parecem-me ótimas pedidas.
O festival irá até o dia 10 (quinta-feira), sempre no Cinema da Fundação.
Confiram a programação completa (Recife) em:
http://www.festivalcinefrances.com/programacao.php?id=8
Alberto Bezerra de Abreu, 05/06/2010
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- Alguém que escreve para viver, mas não vive para escrever; apaixonado pelas artes; misantropo humanista; intenso, efêmero e inconstante; sou aquele que pensa e que sente, que questiona e duvida, que escapa a si mesmo e aos outros. Sou o devir =)
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7 comentários:
Quero assitir todos, principalmente Coco Chanel
Na quarta-feira fui ver O Dia da Saia com a outrora belíssima Isabelle Adjani. O filme versa sobre uma professora de escola pública francesa que num momento de fúria - bastante compreensível, por sinal - toma uma atitude drástica em relação aos seus alunos. Achei uma fuleiragem esse papel para ela que se transforma ao longo do filme numa caricatura. O que ficou no "ar" é uma ideia rude da docência: os professores são uns merdas, incompetentes e descompensados. Se falássemos de Brasil, até entenderia, pois a mediocridade no ensino público é a regra, mas na França.
Surpreendeu-me, ademais, o nível de violência na escola francesa no filme: as motivações são religiosas e raciais, além de sociais, é claro. O exemplo da suposta escola foi extremo e deve ser uma exceção por lá. Aqui no Brasil seria a Lei Geral.
Cleo, és a segunda pessoa (sem contar comigo), que demonstra interesse especial por este filme. No meu caso isto se dá especificamente por causa de Stravinsky, músico do qual sou muito fã.
Pedro, concordo com tua opinião sobre o ensino público no Brasil mas, em que pese meu pouco conhecimento sobre a França (em geral, não só no âmbito da educação), discordo de ti. Recentemente assisti a um filme chamado "Entre os muros da escola", o qual mostra o "choque de civilizações" (para usar o termo de uma resenha) numa escola francesa. Isso de dá em virtude dos filhos de imigrantes (tal situação parece estar se tornando um grande problema na Europa e em especial na França, sobretudo em se tratando de afro-descendentes).
Não estou negando, nem mesmo relativizando que a França seja um país mais civilizado - em termos gerais - que o Brasil; mas chamo atenção para os conflitos crescentes existentes lá.
Acabei não assistindo filme nenhum do festival =/
Também vi Entre os Muros da Escola, Alberto, mas o Dia da Saia é bem pior: os alunos não têm o mínimo respeito pela professora (Isabelle Adjani). Chamam-na de puta, batem nela... Ela toma uma arma de um seu aluno - negro e muçulmano - e faz a classe inteira de refém. A audiência da Fundaj perdeu a razão e a compostura e ouvi umas vozes gritando "louca", "doida" referentes à docente(nem vou falar que esses não passam de esquerdistas de meia-pataca, ralé mesmo - com suas ocupações extremamente bem remuneradas se lixando se os professores daqui e d'alhures funcionando como tíbios amortecedores das tensões sociais, raciais ou religiosas. Quem se importa se os profissionais da grande maioria das escolas públicas brasileiras de hoje lidam com o resíduo da sociedade? Com aquele gente que não será incluída nos esquemas de consumo dos grupamentos intermediários?)
O mais curioso n'O Dia da Saia - eu diria até tétrico - é um diálogo do diretor do estabelecimento com um chefe de polícia: "Estamos de mãos atadas, né?, o senhor sabe... se transferimos um desses diabo para outro educandário, é apenas a transferência do problema de um local para outro. Sem contar que mandam uma peste para cá [a escola que dirige] para balancear". Exatamente a mesma desculpa que os diretores de minha escola pública usam para se eximir das responsabilidades. Afinal de contas, na hora do "pega pá capá" quem se fode em primeira mão é o profe...
(E ainda ouvir da galera da Fundaj que a professora é uma louca, doida, foi trash... Isso é coisa de petralha!!!)
Só para completar: é curioso como os moradores dos países africanos colonizados pela França no século XX, Argélia, Marrocos, Tunísia... estão, ultimamente, promovendo o caminho inverso. Agora são eles que invadem a terra de Molière com sua religião diferente (islâmica), sua cor diferente (são conhecidos na França por "pied-noir", literalmente, pé preto) e com os anseios de "fazer a França" como há um século se falava em "fazer a América". Meus sentimentos com relação a isso são contraditórios. Dos franceses, não: para essa invasão eles têm o remédio político de um Sarkozy ou de personagens bem mais à direita do espectro político, como é o caso do assumidamente xenófobo Jean-Marie Le Pen.
Français, gardez son calme!
Rapaz, eu concordo com sua crítica indignada, mas não entendo o motivo de taxares tais hipócritas de "esquedistas de meia pataca"; acho que aqui não é o caso de serem "esquedistas", "direitistas", "centristas", "apolíticos" ou algo do tipo, mas de serem conservadores de visão muito curta, até porque não acredito que o diretor tenha feito apologia a atitude a professora em desespero. Existe um tipo de audiência da Fundaj que me incomoda (sobretudo mais jovens), mas das últimas vezes que fui lá não vi muitos que se encaixassem neste perfil. Provavelmente sentiria um misto de prazer (pelo incômodo deles) e de desprazer (pela estupidez de sua reação).
Este problema de não punição apresentado no filme lembra, de fato, o que acontece cá por estas bandas. É a globalização do fracasso educativo, não? Mas insisto: ao citar o termo "petralha" pareces estar empreendendo a mesma visão limitada daqueles que buscas combater: não estou defendendo-os, mas me opondo a duas coisas: ao fato de insinuares que os responsáveis são SÓ E SOMENTE SÓ (para usar um termo da lógica formal que tanto me aperreia rs) os "petralhas" e ao fato de sempre conseguires encaixar uma crítica a eles onde quer que seja (não me admiraria se conseguisses fazer um link entre um filme de Bergman e a "petralhada" rs).
Não acho que o conservadorismo de Sarkozy vá "dar jeito" a tal invasão, pois insiro tal fenômeno no âmbito da globalização e isto me parece irreversível. Aqui puxo o link com o futebol, aproveitando que estamos em copa do mundo: falou-se muito (no sentido condenatório) de jogadores naturalizados; no entanto, parece-me deveras incoerente querer controlar demasiadamente tal tendência, tendo em vista que cada vez mais há globalização futebolistica a ponto de NENHUM dos jogadores títulares da Internacionale de Milão (recentemente campeã de um importante torneio europeu)ser italiano, bem como seu técnico ser também estrangeiro. Vejo as identidades se fragmentando...
Alberto,
Uma questão possível para os “esquerdistas de meia-pataca” é o fato de o Festival Varilux ter uma ajuda (nem que seja moral) da Aliança Francesa e o pessoal de lá, da AF – creia-me – são simpatizantes do Partido Socialista Francês. Fatalmente os alunos são influenciados. Qual é a audiência jovem da Fundaj? Fundamentalmente o pessoal do CAC e alguns do CFCH, eheheh! Deveríamos nos sentir “em casa”, não?
Ao citar o termo “petralha” não estou sendo nada mais que um troll, fazendo proselitismo político num fórum de cinema. Você sabe, né? Depois que comecei a labutar numa escola pública transitei velozmente da extrema esquerda para o seu antípoda – e estou feliz pela minha atual DESTREZA, eheheh! Parece-me que promove um sutil puxão nas minhas orelhas... se for, é merecido. Agora, você há de convir que se pode “ideologizar” tudo neste mundo, né? Tudo, absolutamente.
Com diferenças gritantes de profundidade, a globalização meio que sempre existiu. Pelo que me conta um ex-concunhado que mora na cidade da antiga Alemanha Oriental, Leipzig, os campeões europeus de xenofobia são os ingleses: empurram imigrantes dos trens, atacam bairros da periferia de Londres, é o país com a maior quantidade de extremistas etc. O medo do diferente, crises econômicas e um ordinário etnocentrismo foi o cadinho que fomentou os regimes ultra-direitistas de 90 anos atrás.
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