Entrevista com Cláudio Assis na Cult deste mês
Cláudio Assis, cineasta pernambucano, diretor dos filmes “Amarelo Manga” (2003), “Baixio das bestas” (2007) e o mais recente “A febre do rato” (2011), concedeu um breve, porém interessante entrevista a edição deste mês da revista Cult.
http://revistacult.uol.com.br/home/2011/07/o-anarco-cineasta/
Dentre os aspectos mais interessantes abordados, menciono sua denúncia ao corolenismo no cinema brasileiro (exercido, segundo ele, pela família Barreto e por Cacá Diegues e Hector Babenco, bem como por cineasta de uma nova geração, os quais se limitam a repetir fórmulas consagradas. Sobre isso, afirma:
“Por mais que se diga que o cinema é uma arte nova, ele está em extinção, então é preciso um olhor novo, que não esteja preso a regras, estereótipos, mercado”
Destaco também o compromisso com os problemas sociais mencionado pelo cineasta, bem como o moralismo hipocríta em relação à nudez no cinema:
“O cara mata, rouba, estupra criancinha e sai livre; a gente coloca um cara nu em um filme e isso é crime? Isso mé falsa moral, prepotência, anacronismo”.
Ps. embora a reportagem esteja on-line na íntegra no site da revista, há outras matérias que não estão e justificam a compra da revista, como as de capa, sobre o intelectual francês Michel Foucault e a sobre o intelectual brasileiro Sérgio Buarque de Holanda.
Alberto Bezerra de Abreu, 08/07/2011
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- Alguém que escreve para viver, mas não vive para escrever; apaixonado pelas artes; misantropo humanista; intenso, efêmero e inconstante; sou aquele que pensa e que sente, que questiona e duvida, que escapa a si mesmo e aos outros. Sou o devir =)
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