sábado, 28 de janeiro de 2012

PostHeaderIcon La malédiction de L’Apollonide



Imagem 1 - Cartaz do filme

                                                         Imagem 2 - foto do folder

                                                                Imagem 3 - foto do site


Em dezembro de 2011 realizou-se no cinema da Fundação Joaquim Nabuco o festival Expectativa 2012/retrospectiva 2011 (evento que abordarei posteriormente); um dos filmes previstos para e exibição era o francês “L’Apollonide – os amores da casa de tolerância”; como nunca ouvira falar deste, devo confessar que inicialmente meu interesse de deteve em filmes mais famosos que não pude ver antes, como “A árvore da vida” (Terrence Malick), “Meia-noite em Paris” (Woody Allen) e “A pele que habito” (Pedro Almodóvar); contudo, bastou que eu visse o cartaz de “L’Apollonide” no cinema citado para que meu interesse pelo filme fosse imediata e fortemente despertado. Não há espaço aqui para eufemismo, muito menos para hipocrisia: o fator central para tamanha atração foi sexual, pois o corpo feminino exibido (sem nudez, mas com muita sensualidade) no cartaz é realmente belo (vide imagem nº 1).

Por sua vez, no folder do evento as informações de alguns dos filmes a serem exibidos eram acompanhados por imagem e “L’Apollonide” foi um dos contemplados; na imagem em questão aparece um grupo de mulheres, todas de topless (vide imagem nº 2), o que só aguçou minha curiosidade pela obra. Cabe aqui, porém, salientar que, embora a motivação sexual tenha sido a principal não foi ela a única que me moveu: a dinâmica dum prostíbulo francês aparentemente chique parece-me um enredo interessante, até porque não pensei que tal história constituísse mera desculpa para exibir a nudez de belos corpos femininos.

Pois bem, quando enfim fui assistir a tal filme eis que o rapaz da bilheteria me informa que houve mudança no filme que seria exibido: “L’Apollonide” não mais seria exibido no festival devido a problemas técnicos (não especificados). Em seu lugar foi exibido o filme “O último dançarino de Mao” (o qual acabei assistindo e gostando) e na segunda sessão prevista do filme francês (já num outro dia) foi exibido “O garoto da bicicleta”.

Passaram-se então as festas de fim de ano e a quase totalidade do mês de janeiro do ano seguinte (2012), e eis que num sábado, vejo “L’Apollonide” na programação do Cinema da Fundação através dum jornal. A primeira sessão seria as 16h e a segunda 20:10; a da tarde me atraiu mais, mas decidi não ir para ouvir no rádio o jogo do meu querido Santa Cruz; no entanto, informei-me que o jogo do santinha não seria às 16h como ocorre no domingo, mas às 18h, de modo que levei meu radinho de pilha para acompanhar a partida ao sair do cinema. Cabe salientar que no site do cinema (que consultei para confirmar o horário, tendo em vista que jornais não são confiáveis) vi a terceira imagem interessante do filme, desta vez sem tanta sensualidade, mas esbanjando requinte (vide imagem nº 3), o que não significa que as imagens anteriores também não fossem de notório bom gosto (sensualidade não vulgar, apelativa).

Filme iniciado e nada de som nos diálogos, porém tanto eu quanto um amigo que encontrei por acaso pensamos que poderia advir isto de as primeiras falas serem sussurradas (vai saber); entretanto a ausência de som persistiu e o filme foi interrompido para que se procurasse sanar o problema; passados alguns minutos (entre cinco e dez), fomos informados de que o problema estaria presente em todas as cópias distribuídas do filme (se bem entendi, no Brasil inteiro) e de que não seria possível a exibição daquela sessão, quiçá apenas a da noite, ou seja, foi a segunda vez que fui ao mencionado cinema para ver tal filme e fiquei a ver navios. Será acaso? Azar? Intervenção puritana estadunidense? (recentemente tiraram do ar o site de compartilhamento de arquivos Megaupload). Sabotagem proposital dos próprios produtores do filme com intuito de deixar o público inteiramente louco de curiosidade, interesse ou – talvez este seja o termo mais apropriado – desejo pelo filme? Não sei, só sei que certamente estarei lá numa das próximas sessões previstas.

Ps. O santinha perdeu =/


Alberto Bezerra de Abreu, 28/01/2012 (redigido ao som do ventilador).

1 comentários:

Unknown disse...

Hoje...
quero um amor com gosto de maquiagem
daqueles que sussurram mentiras gostosas aos ouvidos
Amor etéreo ao sabor de opiaceos
Amores das salas vermelhas
Amores tolerantes
Beijos sem almas
Beijos molhados
quero as amizades fingidas
Quero a cachaça em lugar de comida
Hoje...
Ilusões e feridas
Mercurio cromo alivio dos meus doces ais
Quero a mentira de um desejo qualquer
Não quero a dor de um amor de verdade

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Alguém que escreve para viver, mas não vive para escrever; apaixonado pelas artes; misantropo humanista; intenso, efêmero e inconstante; sou aquele que pensa e que sente, que questiona e duvida, que escapa a si mesmo e aos outros. Sou o devir =)
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